Dia do Índio: histórias de resistências frente às fases da colonização
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“A vida do índio cativo não podia ser mais dura como cargueiro ou remador, que eram seus trabalhos principais. Pertencente a quem o apresasse, ele era um bem semovente, desgastado com a maior indiferença, como se isso fosse o seu destino, mesmo porque havia um estoque aparentemente inesgotável de índios para repor os que se gastavam”.
(Darci Ribeiro, O povo Brasileiro)
O dia 19 de abril, dia do índio, relata na história do Brasil, a luta de um grupo em sobreviver em meio às brutais avalanches de seus opositores guerreando pela tomada de seus territórios, recursos, corpos e mentes, enquanto reais possuidores da memória viva do País.
Podemos considerar ao menos três fases de ressignificação, na luta, dos marcos da disputa do capital contra o trabalho no País.
Primeira fase: A bárbara colonização européia do território latino-americano. Este momento Paulo Freire retratou como o poder do opressor e as armas que o mesmo tem para oprimir seu principal oponente no território conquistado, na tentativa de diminuí-lo ou aniquilá-lo.
A marca deste período foi a da produção do ideal-real do colonizador, frente ao ideal-real processo de vida dos grupos residentes no continente até então. Leia mais