Breve análise da conjuntura por conta das eleições
Alai
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Analisar os oito anos do governo Lula é imprescindível para entender o favoritismo da Dilma neste quadro eleitoral. Para os servidores públicos do campo da educação, isso ainda é mais necessário, uma vez que têm amargado um sindicalismo apático (principalmente a Federação), no mais das vezes apoiando as propostas governamentais para o país e para a educação em geral. Assim, gostaria de levantar alguns elementos que dizem respeito aos trabalhadores públicos das IFES, e também ao povo em geral.
O governo Lula não foi o melhor dos governos. Nem de longe representou aquele pelo qual muito dos trabalhadores, inclusive, lutaram. Poucos meses depois de assumir, foi nos servidores públicos o primeiro golpe, com a Reforma da Previdência, que jogou a vida de todos no buraco, aumentado a idade para a aposentadoria e retirando a paridade no salário. Naquele ano, em 2003, apesar de toda a perplexidade que a proposta de reforma gerou, os servidores foram à greve. Mas, este momento foi também um divisor de águas na categoria.
Como o governo estava muito recente e muitos dos trabalhadores das IFES tinham apostado suas fichas no tabuleiro eleitoral, com o voto no Lula, houve uma natural ruptura na categoria. As assembléias deixavam isso bem claro. Havia uma pequena parte que fazia a crítica pesada ao governo e uma outra parte – a maioria – que acreditava que se a proposta vinha do “companheiro” Lula não poderia ser tão ruim. Foi quando a categoria dos trabalhadores públicos passou a viver uma clivagem que até agora perdura: os governistas e os não-governistas. E foi a maioria lulista que levou os trabalhadores das IFES a saírem da greve, que tinha sido deflagrada contra a reforma da Previdência e terminava de maneira abrupta com uma proposta de lei salarial. Completa loucura. Leia mais